Android P pode trazer mais privacidade ao usuário; saiba como funciona | Sistemas Operacionais

Saiba quais são as principais mudanças relacionadas à segurança descobertas até agora na nova versão do sistema móvel do Google. O Android P será anunciado durante a Google I/O, evento voltado para a comunidade de desenvolvedores que vai acontecer em maio, nos Estados Unidos. A expectativa é que a versão chegue primeiro aos smartphones da linha Pixel apenas no segundo semestre.
Logo provisório do Android P — Foto: Divulgação/Google
Sensores inativos para apps em segundo plano
Atualmente, é possível autorizar o uso de câmeras, sensores e permissões de aplicativos, informações e arquivos do celular de acordo com a solicitação do app. Isto é feito quando o app é instalado e é uma boa forma de ficar por dentro de quais recursos do celular e do sistema o aplicativo irá usar. Tudo isso pode ser visualizado nas configurações do smartphone.
No entanto, uma vez que é autorizado, o aplicativo pode usar os recursos liberados como bem entender. Até mesmo quando estiver em segundo plano. Isto abre uma brecha para a violação de privacidade sem que o usuário perceba – como escutar o que está sendo falado, mesmo que o app não esteja aberto na tela do celular.
O Android P não trará recursos para impedir essas práticas. Todos os sensores e câmeras do celular ficarão bloqueados para os aplicativos que estão ociosos. Mesmo que usuário tenha dado a permissão para acessar o microfone, por exemplo, o recurso não funcionará no app que não esteja aberto na tela.
Android Oreo lista todas as permissões pedidas por aplicativos — Foto: Bruno De Blasi/TechTudo
A princípio, ainda não há muitos detalhes sobre como isso vai funcionar, inclusive se será possível incluir exceções. O Cerberus, usado para tirar fotos de ladrões de smartphone, é um dos maiores exemplos de aplicativos que podem ser afetados se não houver esta opção. Até o momento, acredita-se que apenas o aplicativos oficiais do Google estejam liberados. A expectativa é que este novo recurso tenha mais detalhes durante a Google I/O.
O HTTPS é um tipo de criptografia usada na Internet para evitar que terceiros tenham acesso aos dados trocados entre o dispositivo e o servidor. No Android P, a tecnologia será adotada como padrão, ou seja, todos os aplicativos deverão adotar o protocolo. Uma forma de garantir melhor a segurança do usuário, principalmente, para quem costuma acessar redes Wi-Fi públicas.
O Android P também terá suporte ao endereço MAC Dinâmico. O MAC Adress é um código composto por letras e números único de cada dispositivo. A nova versão do sistema do Google vai permitir criar um novo MAC para cada rede conectada. Este recurso pode impedir que o usuário seja rastreado.
Nova versão do Androd ainda não teve o nome de doce definido — Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo
A restauração do sistema através do Google Drive exigirá uma senha em aparelhos com Android P. Isso porque os dados são criptografados e só são liberados para serem instalados no aparelho quando desbloqueados mediante a inserção das credenciais corretas. Resta saber como isso será feito caso um usuário que tenha um dispositivo com Android P precise restabelecer os dados em dispositivos com outras versões do sistema.
O sistema também traz várias outras novidades, como uma padronização para a caixa de inserção de digitais. Todos os aplicativos que usarem a biometria poderão utilizar o visual padrão do Android P, uma forma para o usuário identificar quando um app é legítimo.
A nova versão ganha mais proteção para o número de série único de cada dispositivo. Agora qualquer app que queira ter acesso a este dado precisará de uma permissão especial. Essa é outra forma de evitar que o dispositivo seja rastreado.